terça-feira, 20 de dezembro de 2011

O QUE É VIDA?!?













VIDA:
A vida é um fenômeno material sumamente complexo, se distingue não por seus componentes químicos, mas pelo comportamento destes.
Ela conserta, sustenta, recria e supera a si mesma.
Nossas tentativas frenéticas de sobreviver e prosperar são um modo especial existente a quatro bilhões de anos de o Universo se organizar.
Como foi que a matéria num banho de energia, realizou pela primeira vez o feito da vida ninguém sabe, nenhuma molécula isolada é capaz de se reproduzir.



EVOLUÇÃO E AS BACTÉRIAS:
É que o mais humilde organismo, a mais simples bactéria, é uma colisão de um imenso número de moléculas. Não há como supor que todas as partes tenham se formado independentemente no oceano primitivo, tenham-se encontrado por acaso, um belo dia, e, de repente, tenham-se disposto num sistema de tal complexidade.” ( François Jacob)
As bactérias povoaram o planeta no começo e nunca mais abriram mão desse controle. Elas podem ser as formas biológicas mais minúsculas da Terra, mas deram passos gigantescos na evolução; inventaram até a multicelularidade.
estrutura básica de uma bactéria.
Algumas linhagens evoluíram para muitas espécies de seres diferentes inclusive nós mesmos. No interior de nossas células existem, neste momento, antigas bactérias que usam oxigênio para gerar energia, trata-se das mitocôndrias.
Todos os seres contêm mitocôndrias em suas células, como descendentes vivos que viveram na Terra antes de o oxigênio se acumular no ar.
Foram as bactérias que retiraram o dióxido de carbono e produziram o oxigênio. Na verdade, foram elas que transformaram o meio ambiente planetário no que é hoje!
Qualquer organismo é descendente de alguma bactéria, ou, mais precisamente, da fusão de vários tipos de bactérias.
As bactérias não são seres toscos, mas completamente vivos e desenvolvidos sendo as maiores inventoras químicas da história; suas células conservam indícios da química da superfície terrestre, tal como esta existiu num passado remoto.
Por serem os únicos seres aptos a executar muitos truques metabólicos que nós, os animais, e até mesmo as plantas, não somos capazes de fazer, as bactérias foram as primeiras a respirar oxigênio e a nadar. Sem nunca terem entrado em extinção, continuam a nos proteger, enquanto sua população cresce prodigiosamente.
As bactérias existem numa multiplicidade de cores, desde as Beggiatoa, vermelha, tons azuis, verde-azulados da Spirulina, da Nostoc ou da Microcystis. Em suma, não são “micróbios”, muito menos “ervas daninha” são as plantas que nos alimentam, nos vestem e nos abrigam.
Nossas células nucleadas (eucarióticas) não apenas descenderam de antigas bactérias como são, amálgamas de várias cepas bacterianas.
As células humanas, como a de todos os animais, do eucalipto e do cogumelo, têm a maior parte de seu DNA, mas não todo ele, encerrado num núcleo celular que é claramente isolado das diversas organelas que pontilham as planícies do citoplasma celular.
As estruturas biológicas são sinais de antigos acontecimentos evolutivos.
Em O que é vida? Lynn Margulis e Dorion Sagan nos dizem que tipos de bactérias se fundiram para formar as células nucleadas originais – nossas células.
A vida, desde as bactérias à biosfera, mantém-se ao produzir novas quantidades dela mesma.
O medo das bactérias é, de certo modo, um medo da vida, medo de nós mesmos, num estágio anterior de evolução. Uma vez que os compostos de carbono e hidrogênio de todos os organismos já se encontraram num estado ordenado, o corpo humano ( como o de qualquer ser vivo), é uma fonte de alimento desejável para essas formas biológicas minúsculas. As bactérias nos procuram como fonte de manutenção autopoética em sua antiqüíssima luta contra o equilíbrio termodinâmico.


PADRÕES QUE SE REPETEM:
A vida na Terra é uma holarquia, uma rede fractal aninhada de seres interdependentes.
Os "FRACTAIS" da vida são as células, os arranjos celulares, os organismos multicelulares, as comunidades de organismos e os ecossistemas de comunidades. Repetidos milhões de vezes ao longo de bilhões de anos, os processos biológicos levaram aos esplêndidos padrões tridimensionais vistos nos organismos, nas colméias, nas cidades e na vida planetária como um todo.

EVOLUÇÃO:
A evolução não começa do zero toda vez que surge uma nova forma de vida. AS MUTAÇÕES AO ACASO, CEGAS E SEM DIREÇÃO, são enaltecidas como principal fonte da novidade evolutiva. Módulos preexistentes, que revelaram-se primordialmente BACTÉRIAS, já gerados por mutações e conservados pela seleção natural, unem-se e interagem. Eles formam alianças, fusões ou novos organismos – complexos inteiramente novos.

A tendência da vida de se reproduzir tanto quanto possível, cuida do resto. Primeiro, porém, a novidade tem que provir de algum lugar. Na sinergia, duas formas distintas se unem para produzir uma terceira, nova e surpreendente!
Em seu pensar metafísico, Koestler invocou o deus Jano, com suas duas faces, na mitologia romana, o guardião doa portões e o patrono dos começos e dos fins; olha simultaneamente para frente e para trás, assim como os seres humanos, que não estão no ápice da criação, mas apontam simultaneamente para o reino menor das células e o domínio maior na biosfera.

AUTO-SUSTENTAÇÃO:
Os organismos são muito superiores às máquinas. Ao contrário destas, concentram a ordem, se refazem continuamente. Biólogos vêem no metabolismo a essência de algo fundamental para a vida e dão-lhe o nome de AUTOPOESE. “Si mesmo” (auto) e “fazer” (como em “poesia”); a autopoese refere-se à produção contínua de si mesmo pela vida.
As menores dentre as células, pertencentes às mais minúsculas bactérias, são hoje as mais ínfimas unidades autopoéticas que se tem conhecimento.


SEGUNDA LEI DA TERMODINÂMICA
De acordo com essa lei, a auto-sustentação autopoética só preserva ou aumenta a ordem interna mediante uma contribuição para a “desordem” do mundo externo. Todos os seres vivos necessitam realizar o metabolismo e, por conseguinte, todos precisam criar uma desordem local.
Os seres orgânicos e o meio ambiente acham-se entrelaçados. O solo, por exemplo, não é isento de vida, é uma mistura de fragmentos de rochas, pólen, filamentos de fungos, cistos de ciliados, esporos bacterianos e outros animais microscópicos.
Desde a origem, todos os seres vivos, têm estado interligados e é a soma dessas interações incontáveis que produzem o mais amplo nível da vida!

A MATÉRIA E A VIDA!
No Universo, a vida pode ser rara ou até singular, porém a matéria de que é feita é elementar! Com o transcorrer do tempo, uma quantidade cada vez maior de matéria inerte ganhou vida; minerais marinhos estão hoje incorporados em criaturas vivas, para proteção e apoio, sob a forma de conchas e ossos.
A vida começou a reutilizar materiais muito antes do aparecimento de seres humanos tecnológicos.
As Bactérias se juntaram e formaram protoctistas, estes, por sua vez, puderam minerar e usar o cálcio, a sílica e o ferro existente nos mares do globo. Os protoctistas evoluíram para animais providos de conchas e ossos.
Individualmente, ou em conjunto, os animais transformaram materiais inerentes em túneis, ninhos e colméias.
A propensão a “construir” o meio ambiente é antiga, atualmente as pessoas transformam o meio ambiente global usando óculos no interior de automóveis, ligados a celulares e terminais bancários por ondas de rádio, providos de eletricidade, canalização de água, esgoto e outros serviços públicos, estamos deixando de ser indivíduos e nos transformando em partes especializadas de um ser mais-que-humano global. Esse ser meta-humano está inextricavelmente ligado à biosfera da qual surgiu e que é muito mais antiga. Os metais e os plásticos representam o mais novo campo da matéria que vai “ganhando vida”.

A MENTE NATUREZA
Todos os seres vivos, não apenas animais, mas também as plantas e os microorganismos são dotados de percepção. Para sobreviver, o ser orgânico tem que perceber: tem que procurar ou, pelo menos, reconhecer.
O ser vivo não precisa ser consciente para perceber. A maioria de nossas atividades cotidianas como respirar, digerir ou até dirigir um automóvel, é executada de maneira predominantemente ou totalmente inconsciente. Sendo assim, presume-se que as ações sensíveis das plantas e bactérias façam parte des
se mesmo continuum de percepção e ação.
A mente talvez seja o resultado de interação celular. Aquilo que somos capazes de reconhecer e ver foi moldado por nossa evolução como criaturas sobreviventes.
A crença na importância da vida, portanto, pode não ser um reflexo da realidade, mas uma fantasia evolutiva que leva, os que nela crêem a fazerem o que for necessário e a suportar qualquer fardo, para sobreviver.
Herdamos uma perspectiva comum, legada por nossos ancestrais. Por fim, como observaram Charles Pierce (1839-1914) e William James (1842-1910), talvez, não haja melhor medida da “verdade” do que aquilo que funciona, aquilo que ajuda a sobreviver.
A mente e o corpo, o perceber e o viver, são processos de auto-reflexão já presentes nas bactérias mais primitivas.
cianobactérias
MUDAR PARA PERMANECER O MESMO: é a essência da autopoese, aplica-se tanto à biosfera quanto à célula. Aplicado às espécies, conduz à evolução!
Para Platão, o céu era habitado por planetas e estrelas dotados de alma, e o mundo, era uma repetição no tempo, de um reino perfeito situado além do tempo: O Universo da Mente Pura.
O desejo de conservar a juventude, a forma mais atraente que temos e, em última instância, a própria vida, é frustrado no nível de corpos animais. Porém, nossa derrota individual é uma vitória para as bactérias. Estando mais próximas das estruturas originais da vida, não vivem como nós, rumando para a morte.
Salvo por um acidente infeliz, uma mutação ou um encontro com outra bactéria que resulte na troca de genes, uma única célula bacteriana pode “sobreviver” para sempre em sua forma original, à medida que geração após geração, cópias dela mesma são produzidas pela divisão celular.
Cada um de nós, seres pluricelulares, é uma estrutura celular em desequilíbrio. A humanidade como espécie e até todo o reino animal têm uma existência muito mais frágil do que a delas.



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