sábado, 15 de setembro de 2012

BELEZA = BEM

Especialmente com Platão, Aristóteles e Plotino a estética era estudada fundida com a lógica e a ética. O Belo o Bom e o Verdadeiro formam uma entidade com a obra. A essência do Belo seria alcançada identificando-o com o Bom. A estética defende uma METAFÍSICA DO BELO, que se esforça para desvendar a fonte original de todas as belezas sensíveis: reflexo do inteligível na matéria! Uma coisa seria mais ou menos Bela conforme sua participação na Idéia Suprema de Beleza.
Entre os antigos, o Belo estava ligado à noção (divina) do Bem. Apenas por volta de 1750 é que os conceitos de estética e beleza foram associados.
Experiência Estética é o que temos frente a um objeto ao senti-lo como belo.
Ao adquirirmos uma roupa, além de sua eficiência e funcionalidade, mesmo que inconscientemente, nos preocupamos também com sua estética! Os objetos não têm apenas utilidade, mas estilo.
O matemático Poincaré dizia que a primeira coisa que ele verificava em uma equação era sua questão estética, isto é, se ela se demostrava como bela.
Com isso, os seres humanos podem manter 2 tipos básicos de relacionamento com o mundo: relacionamento prático e estético. Na experiência prática interessa-nos a função das coisas e na experiência estética sua forma, sua aparência.
A Beleza é uma maneira de nos relacionarmos com o mundo. Não tem a ver com formas, medidas, proporções, tonalidades e arranjos pretensamente ideais que diferem algo como Belo. (João Francisco Dutra Junior – O que é beleza pg13).
Acabou-se o tempo em que estudos estéticos ditavam regras de beleza, beleza não diz respeito às qualidades dos objetos mensuráveis, mas à forma como nos relacionamos com eles.
A beleza não é uma qualidade objetiva que certos objetos possuem. O que é Belo para um não o é para outro, ela não se encontra nas coisas.
A Beleza habita a relação. A relação que um sujeito mantêm com determinado objeto. Como observou Fernando Pessoa: “ A Beleza é o nome de qualquer coisa que não existe, que dou às coisa em troca do agrado que me dão.” Para que a consciência sinta a Beleza é necessário que seja tocada pelo “aparecer” de um dado objeto.
Você deve estar se perguntando: Mas o que isso tem haver com a moda? E eu lhe digo: TUDO!
Confesso que por muitos anos tive preconceito com a Moda, mesmo na época que já estava na faculdade, a via como fútil, mas percebi que hoje ela é uma das maiores artes, um canal muito incrível de comunicação, atinge todas as classes, e de fútil não tem nada, fútil é quem a enxerga como tal...
 
Através de anos de estudos e pesquisas conclui que a roupa, muito mais que a função de proteger e cobrir, tem nas entrelinhas, um outro objetivo, uma função estética, de proteger o “espírito”, uma função digamos “mágica”.
Estudando a história do vestuário descobri que na antiguidade, como na Lenda do rei Arthur, as vestimentas dos cavaleiros, os objetos, como bainhas de espadas e tudo o mais eram confeccionados por sacerdotizas e feiticerias através de rituais mágicos dando a estes não só o poder de cobrir, como também de proteger, como 1 “amuleto mágico”, um objeto de poder, isto é; davam mais valor ao poder estético dos objetos que à sua funcionalidade!
As mil e uma noites afirmam que neste mundo tudo, exatamente tudo tem uma “alma”, um gênio pessoal, desde um homem, a 1 pedra, a 1 cadeira....
Assim, fui me apaixonando pela Moda e pela idéia da possibilidade de transmitir uma nova fonte de visão dela às pessoas.
A anos venho pesquisando este assunto e cada vez mais fico feliz com os resultados, e cada vez mais tenho comprovações de que os fatos correspondem, e cada vez mais tenho provas nos mais variados meios...
Olha um exemplo; estava na exposição 500 anos de Brasil, na Bienal, tinha uma instalação na oca chamada Toca do Índio, vejam a frase da entrada:
“São os objetos mais poderosos que mais encaram o príncipio transformador, não só se auto-transformam nos seres e forças invisíveis que tornam presentes, como também transformam os humanos que os usam.Objetos Xamânicos, estabelecem uma relação direta com forças e seres outros. É uma arte que serve mais para ver do que para ser vista. Frequentemente quanto mais poderosos são os objetos mais condicionado é o seu olhar. E em alguns casos sua visão é permitida só a algumas pessoas e excluída a todas as outras.” ( Exposição 500 anos de Brasil- Toca do Índio).
Percebam, os antigos tinham esse senso estético em relação aos objetos que perdemos, esse lado da beleza, que encara os objetos não como futilidades vãs, mas com um conceito diferenciado.
É isso que queria que percebessem
Mito da caverna
Imaginemos um muro bem alto separando o mundo externo e uma caverna. Na caverna existe uma fresta por onde passa um feixe de luz exterior. No interior da caverna permanecem seres humanos, que nasceram e cresceram ali.
Ficam de costas para a entrada, acorrentados, sem poder mover-se, forçados a olhar somente a parede do fundo da caverna, onde são projetadas sombras de outros homens que, além do muro, mantêm acesa uma fogueira. Pelas paredes da caverna também ecoam os sons que vêm de fora, de modo que os prisioneiros, associando-os, com certa razão, às sombras, pensam ser eles as falas das mesmas. Desse modo, os prisioneiros julgam que essas sombras sejam a realidade.
Imagine que um dos prisioneiros consiga se libertar e, aos poucos, vá se movendo e avance na direção do muro e o escale, enfrentando com dificuldade os obstáculos que encontre e saia da caverna, descobrindo não apenas que as sombras eram feitas por homens como eles, e mais além todo o mundo e a natureza.
Caso ele decida voltar à caverna para revelar aos seus antigos companheiros a situação extremamente enganosa em que se encontram, correrá, segundo Platão, sérios riscos - desde o simples ser ignorado até, caso consigam, ser agarrado e morto por eles, que o tomaram por louco e inventor de mentiras.
Platão não buscava as verdadeiras essências na simplesmente Phýsis, como buscavam Demócrito e seus seguidores. Sob a influência de Sócrates, ele buscava a essência das coisas para além do mundo sensível. E o personagem da caverna, que acaso se liberte, como Sócrates correria o risco de ser morto por expressar seu pensamento e querer mostrar um mundo totalmente diferente. Transpondo para a nossa realidade, é como se você acreditasse, desde que nasceu, que o mundo é de determinado modo, e então vem alguém e diz que quase tudo aquilo é falso, é parcial, e tenta te mostrar novos conceitos, totalmente diferentes. Foi justamente por razões como essa que Sócrates foi morto pelos cidadãos de Atenas, inspirando Platão à escrita da Alegoria da Caverna pela qual Platão nos convida a imaginar que as coisas se passassem, na existência humana, comparavelmente à situação da caverna: ilusoriamente, com os homens acorrentados a falsas crenças, preconceitos, ideias enganosas e, por isso tudo, inertes em suas poucas possibilidades

 

sábado, 8 de setembro de 2012

GENESE DOS VOLUMES CÓSMICOS
A perspectiva do volume oferece uma metáfora para o ato criador original e contínuo da MATERIALIZAÇÃO do espírito e da CRIAÇÃO DA FORMA.
NUN, o “oceano-cósmico”, representa o espírito-espaço puro. Mediante a semente ou, vontade do criador, que se encontra explícita neste NUN, o espaço indiferenciado, é impelido a contrair-se ou coagular-se num volume. Assim ÁTON, o criador, cria-se primeiro a si mesmo, se distingue de si-mesmo, do indefinível NUN, adquirindo um volume a fim de iniciar a criação.
Que forma pode ter esse primeiro volume? Há cinco volumes considerados essenciais: o tetraedro, o dodecaedro, o cubo, o octaedro e o icosaedro. Todos os demais volumes regulares são troncos desses cinco.


 
Esses cinco sólidos são denominados “platônicos” porque se presume que Platão tenha apresentado essas formas no Timeo, o diálogo em que esboça uma cosmologia mediante a metáfora da geometria plana e dos sólidos. A tradição associa o CUBO com a TERRA, o TETRAEDRO com o FOGO, o OCTAEDRO com o AR e o ICOSAEDRO com a ÁGUA. Platão menciona certa “QUINTA COMPOSIÇÃO”, utilizada pelo Criador durante a formação do Universo. Assim, o DODECAEDRO estaria associado ao quinto elemento, o éter, prana.
 
Para Platão, o criador do universo, teria criado ordem a partir do caos primordial desses elementos, por meio das fórmulas e números essenciais. O ordenamento segundo numero e forma, num PLANO SUPERIOR, que culminou na disposição desejada dos 5 elementos no UNIVERSO FISICO.
As fórmulas e números essenciais atuam como interconexões entre o reino superior e inferior. Têm em si mesmo, e através de sua analogia com os elementos, o PODER DE DAR FORMA AO MUNDO MATERIAL.
 
 
OS SÓLIDOS PLATÔNICOS:
 
 
 
 
Ao que se sabe, o primeiro contacto de Platão com os sólidos poliedros regulares, aconteceu por intermédio de  Arquitas, na Itália. Acreditava-se que o Universo era formado por um corpo e uma alma ou inteligência; sendo constituído por quatro elementos básicos: a Terra, o Fogo, o Ar e a Água, e estabelecia uma associação mística entre estes e os sólidos.
 Observaram que, na matéria, havia porções limitadas por triângulos ou quadrados, formando-se elementos que diferem entre si pela natureza da forma das suas superfícies periféricas.
Se forem quadradas temos o cubo, ao qual Platão fazia corresponder a Terra. No caso de serem triângulos, formando um tetraedro, associa-se ao Fogo, cuja natureza penetrante está simbolizada na agudeza dos seus vértices. O octaedro foi associado ao Ar e o icosaedro à Água. O quinto sólido, o dodecaedro, foi considerado por Platão como o símbolo do Universo.
Para Platão, à semelhança do que acontece na ordem universal, em que o mundo inteligível comanda e é por sua vez comandado pela Idéia Suprema de Bem, enquanto tal não se der no mundo, a anarquia estará implantada no centro de cada homem e de cada sociedade.


 

Os hindus consideravam Purusha como o IMANIFESTO e INTOCADO pela criação, da mesma forma que nas figuras, o ICOSAEDRO é intocado pelas demais formas. O DODECAEDRO era, por sua vez, como Prakriti, o PODER FEMININO DA CRIAÇÃO, a Mãe Universal, a quinta essência do Universo Natural.
Os TETRAEDROS entrelaçados representavam Yin e Yang pois, o tetraedro é o SÍMBOLO DA TRINDADE e, portanto, símbolo primário de uma função acompanhada pela sua recíproca. O resultado dessa interação harmônica de opostos confere ao CUBO, SÍMBOLO DA EXISTÊNCIA MATERIAL, os quatro estados da matéria.
No coração do tetraedro está o OCTAEDRO, é uma formação de suas extremidades e representa a CRISTALIZAÇÃO, a PERFEIÇÃO ESTÁTICA DA MATÉRIA. É o diamamte, o CORAÇÃO DO SÓLIDO CÓSMICO, a lente transformada e clarificada de Luz, a dupla pirâmide.
A progressão externa, que se estende em direção a domínios cada vez mais vastos, define a mesma progressão: o ICOSAEDRO, o Purusha, que gera o DODECAEDRO, o Prakriti.
Toda esta COAGULAÇÃO se inicia com a SEMENTE SEGREGADA que contrai o circulo, o infinito, o espirito indiferenciado, para formar o ICOSAEDRO. A semente é "Phi", o fogo do espirito.
Os principios transcendentais, o icosaedro e o dodecaedro, Purusha e Prakriti, a DUALIDADE PRIMÁRIA, têm proporções "Phi". Mas  quando alcançamos o NÍVEL DO MUNDO NATURAL DAS DUALIDADES OPOSTAS, o yin e yang, o cubo da matéria e sua cristalização no octaedro, é a raiz quadrada de 2 que entra em ação.
Do octaedro, o estado purificado da matéria, renasce o ICOSAEDRO. Esta proporção, é a FUNÇÃO GEOMÉTRICA ASSOCIADA A CRISTO sendo que, um quadrado, representa uma forma manifestada, o FILHO; e sendo o lado do icosaedro interior, é a encarnação ou IMAGEM EXATA do icosaedro inicial gerador, o PAI, Purusha, o ANTROPOCOSMOS.
 
 

 

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

ABRACADABRA

Palavra cabalística usada desde tempos antigos por ser carregada de VIRTUDES MÁGICAS. A mencionavam como parte de uma doutrina secreta.
Seu poder adviria da capacidade de estabelecer contato com forças ou influências sobrenaturais, usando-as em benefício do possuidor na satisfação de desejos e aspirações. Utilizada em momento decisivo da vida, para alcançar algo que lhe era o desejo em particular, e isto é alcançado.
Acredita-se que ABRACADABRA é o símbolo mais alto de todos os talismãs e os resume num só.
Muitos estudiosos acreditam ser uma palavra derivada de "Abraxas", termo usado por integrantes de uma seita gnóstica do século II para designar o Ser Supremo ("abraxas" também poderia ser um deus dos antigos egípcios ou um demônio que apresenta serpentes no lugar dos pés). Um ídolo capaz de curar doenças, acreditava-se que para alcançar esse efeito era necessário repetir várias vezes a palavra mágica.

 Escrita em grego, "abraxas" contém sete letras que, computadas numericamente, somam 365, o número de dias do ano e, segundo aqueles crentes, também o número de emanações do Ser Divino, cada uma delas representando uma virtude associada a um dia do ano. Por isso, era comum entre eles o uso de um amuleto no qual estava gravado o número 365.
Outra versão poderia ser de um acrônimo formado por palavras hebraicas relativas à Trindade: Ab (Pai), Ben (Filho) e Ruach Acadsch (Espírito Santo). Essas duas primeiras versões são as mais conceituadas.
Ou, então, a união das palavras hebraicas abreg, ad e habra, que significa "fulmine com seu raio".
Outro significado a ela atribuído é: "EU CRIAREI AQUILO DE QUE FALO", ressaltando o poder e a magia da fala humana.
"No início era apenas uma idéia.
 Depois, uma experiência
 que podia ensinar e passar adiante."


  ESTILO E ESSENCIA Estilo pode incluir moda, design, formato, ou aparência, incluindo por exemplo: Estilos reais e nobres Em botâ...