sábado, 8 de setembro de 2012

GENESE DOS VOLUMES CÓSMICOS
A perspectiva do volume oferece uma metáfora para o ato criador original e contínuo da MATERIALIZAÇÃO do espírito e da CRIAÇÃO DA FORMA.
NUN, o “oceano-cósmico”, representa o espírito-espaço puro. Mediante a semente ou, vontade do criador, que se encontra explícita neste NUN, o espaço indiferenciado, é impelido a contrair-se ou coagular-se num volume. Assim ÁTON, o criador, cria-se primeiro a si mesmo, se distingue de si-mesmo, do indefinível NUN, adquirindo um volume a fim de iniciar a criação.
Que forma pode ter esse primeiro volume? Há cinco volumes considerados essenciais: o tetraedro, o dodecaedro, o cubo, o octaedro e o icosaedro. Todos os demais volumes regulares são troncos desses cinco.


 
Esses cinco sólidos são denominados “platônicos” porque se presume que Platão tenha apresentado essas formas no Timeo, o diálogo em que esboça uma cosmologia mediante a metáfora da geometria plana e dos sólidos. A tradição associa o CUBO com a TERRA, o TETRAEDRO com o FOGO, o OCTAEDRO com o AR e o ICOSAEDRO com a ÁGUA. Platão menciona certa “QUINTA COMPOSIÇÃO”, utilizada pelo Criador durante a formação do Universo. Assim, o DODECAEDRO estaria associado ao quinto elemento, o éter, prana.
 
Para Platão, o criador do universo, teria criado ordem a partir do caos primordial desses elementos, por meio das fórmulas e números essenciais. O ordenamento segundo numero e forma, num PLANO SUPERIOR, que culminou na disposição desejada dos 5 elementos no UNIVERSO FISICO.
As fórmulas e números essenciais atuam como interconexões entre o reino superior e inferior. Têm em si mesmo, e através de sua analogia com os elementos, o PODER DE DAR FORMA AO MUNDO MATERIAL.
 
 
OS SÓLIDOS PLATÔNICOS:
 
 
 
 
Ao que se sabe, o primeiro contacto de Platão com os sólidos poliedros regulares, aconteceu por intermédio de  Arquitas, na Itália. Acreditava-se que o Universo era formado por um corpo e uma alma ou inteligência; sendo constituído por quatro elementos básicos: a Terra, o Fogo, o Ar e a Água, e estabelecia uma associação mística entre estes e os sólidos.
 Observaram que, na matéria, havia porções limitadas por triângulos ou quadrados, formando-se elementos que diferem entre si pela natureza da forma das suas superfícies periféricas.
Se forem quadradas temos o cubo, ao qual Platão fazia corresponder a Terra. No caso de serem triângulos, formando um tetraedro, associa-se ao Fogo, cuja natureza penetrante está simbolizada na agudeza dos seus vértices. O octaedro foi associado ao Ar e o icosaedro à Água. O quinto sólido, o dodecaedro, foi considerado por Platão como o símbolo do Universo.
Para Platão, à semelhança do que acontece na ordem universal, em que o mundo inteligível comanda e é por sua vez comandado pela Idéia Suprema de Bem, enquanto tal não se der no mundo, a anarquia estará implantada no centro de cada homem e de cada sociedade.


 

Os hindus consideravam Purusha como o IMANIFESTO e INTOCADO pela criação, da mesma forma que nas figuras, o ICOSAEDRO é intocado pelas demais formas. O DODECAEDRO era, por sua vez, como Prakriti, o PODER FEMININO DA CRIAÇÃO, a Mãe Universal, a quinta essência do Universo Natural.
Os TETRAEDROS entrelaçados representavam Yin e Yang pois, o tetraedro é o SÍMBOLO DA TRINDADE e, portanto, símbolo primário de uma função acompanhada pela sua recíproca. O resultado dessa interação harmônica de opostos confere ao CUBO, SÍMBOLO DA EXISTÊNCIA MATERIAL, os quatro estados da matéria.
No coração do tetraedro está o OCTAEDRO, é uma formação de suas extremidades e representa a CRISTALIZAÇÃO, a PERFEIÇÃO ESTÁTICA DA MATÉRIA. É o diamamte, o CORAÇÃO DO SÓLIDO CÓSMICO, a lente transformada e clarificada de Luz, a dupla pirâmide.
A progressão externa, que se estende em direção a domínios cada vez mais vastos, define a mesma progressão: o ICOSAEDRO, o Purusha, que gera o DODECAEDRO, o Prakriti.
Toda esta COAGULAÇÃO se inicia com a SEMENTE SEGREGADA que contrai o circulo, o infinito, o espirito indiferenciado, para formar o ICOSAEDRO. A semente é "Phi", o fogo do espirito.
Os principios transcendentais, o icosaedro e o dodecaedro, Purusha e Prakriti, a DUALIDADE PRIMÁRIA, têm proporções "Phi". Mas  quando alcançamos o NÍVEL DO MUNDO NATURAL DAS DUALIDADES OPOSTAS, o yin e yang, o cubo da matéria e sua cristalização no octaedro, é a raiz quadrada de 2 que entra em ação.
Do octaedro, o estado purificado da matéria, renasce o ICOSAEDRO. Esta proporção, é a FUNÇÃO GEOMÉTRICA ASSOCIADA A CRISTO sendo que, um quadrado, representa uma forma manifestada, o FILHO; e sendo o lado do icosaedro interior, é a encarnação ou IMAGEM EXATA do icosaedro inicial gerador, o PAI, Purusha, o ANTROPOCOSMOS.
 
 

 

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