quarta-feira, 4 de abril de 2012

NIX e ÉREBRO - filhos do Caos



FILHOS DO CAOS: Nix e Érebro
Os filhos de Caos nasceram de cisões assim como se reproduzem os seres unicelulares. Nix (Noite) e Érebus (Escuridão) nasceram a partir de "pedaços" do Caos. E do mesmo modo, os filhos de Nix nasceram de "pedaços" seus; como afirma Hesíodo: sem a união sexual. Portanto a família de Caos se origina de forma assexuada.



NIX, a Noite: é uma deusa primordial, nascida do Caos, segunda criatura a emergir do vazio.
Isso significa que Nix era irmã de algumas das mais antigas deidades do mito grego, incluindo Erebo (a Escuridão), Gaia (a mãe Terra), Tártaro (Trevas abismais) e Eros (o amor da criação). Dessas forças primordiais sobreveio o resto dos deuses e deusas gregas.
Nix, é a patrona das feiticeiras, a deusa dos segredos e mistérios noturnos, rainha dos astros da noite. Em certas tradições, acredita-se que, todo universo e todos os Deuses nasceram de seu Ovo Cósmico.
Desposou Érebo, seu irmão, de quem teve o Éter (luz celestial) e Hemera (Dia). Mas sozinha, sem se unir a nenhuma outra divindade, procriara o inevitável e inflexível Moros (o Destino), as Queres (morte em batalha), os gêmeos Tânatos (Morte) e Hipnos (o Sono), Oniro (a legião dos Sonhos), Momos (escárnio), Oizus (miséria), as Hespérides, guardadoras dos pomos de ouro, as desapiedadas Moiras (Deusas do destino), Nêmesis (Deusa da retribuição), Apate (engano,fraude), Filotes (amizade) , Geras (velhice) Éris (Discórdia), Limos (a fome), Ftono (inveja), Ênio (Belona, deusa da carnificina), Lissa (a loucura) e Caronte o barqueiro do mundo dos mortos.
Certos poetas a consideram como mãe de Urano e de Gaia; Hesíodo dá-lhe o posto de Mãe dos Deuses, porque sempre se acreditou que a Nix e Érebo haviam precedido a todas as coisas. Muito freqüentemente colocam-na no mundo subterrâneo, entre Hipnos e Tânatos, seus filhos.
Hemera e as Hespérides nasceram para ajudá-la a não se cansar, assim nasceu o ciclo diário, Hemera trás o dia (relaciona com Eos, a aurora, e Helios, o Sol) ; as Hespérides trazem a tarde, (relaciona com Selene a lua) e Nix traz a absoluta Noite, todas estas deidades em conjunto conduzem a dança das Horas; complementando estes ciclos temos outros Deuses de outras linhagens, como as Horas que representam ciclos mensais e anuais; Leto e Hécate que recebem o legado de Nix como deidade da noite.
Para evitar pronunciar seu nome, também a chamavam de Eufrone e Eulália. Suas filhas Hemera e Hespérides foram criadas para ajudá-la, com isso nasceu o ciclo diário. Hemera traz o dia, e as Hespérides trazem a tarde, Nix por sua vez traz a noite absoluta. (figura anexa)

As Moiras, filhas de Nix (Cloto, Laquesis e Átropos), são outra continuidade dos poderes gigantescos de Nix do negro véu.
Em sua Teogonia, Hesíodo descreve a residência proibida da Noite:
”Lá também está a melancólica casa da Noite; nuvens pálidas a envolvem na escuridão; Antes delas, Atlas se porta, ereto, e sobre sua cabeça, com seus braços incansáveis, sustenta firmemente o amplo céu, onde a Noite e o Dia cruzam um patamar de bronze e então aproximam-se um do outro”
Acreditava-se que possuía total controle sobre vida e morte, tanto de homens como de Deuses. Homero se refere a ela com o epíteto "A domadora dos Homens e dos Deuses", demonstrando como os outros Deuses respeitavam-na e temiam esta poderosíssima deidade uma vez que, podia transformá-los em meros mortais...
Ela possuía um capuz que a tornava invisível a todos, assistindo assim ao universo sem ser notada.
Aparece ora como uma deusa benéfica, simbolizando a beleza da noite e ora como cruel deidade Tartárea, que profere maldições e castiga com terror noturno. É também uma Deusa da Morte, a primeira rainha do mundo das Trevas.
Possuia dons proféticos, e foi ela quem criou a arma que Gaia entregou a Cronos para destronar Urano.
Mas seu maior trunfo de todos, era que, conhecia o segredo da imortalidade dos Deuses podendo tirá-la e transformar um Deus em mortal, como ela fez com Cronos, após este ser destronado por Zeus.
Os Filhos de Nix, São a Hierarquia e poder para os Deuses, Sua Maioria são divindades que Habita o mundo subterrâneo e representam forças indomáveis e que nenhum outro deus poderia conter.

ÉREBRO, a escuridão: Segundo a Teogonia, de Hesíodo, Érebo (do grego: Ἔρεβος, Erebos, "sombra" ou "escuridão profunda") era, na mitologia grega, a personificação da escuridão, mais precisamente o criador das Trevas. Tinha seus domínios demarcados por seus mantos escuros e sem vida, predominando sobre as regiões do espaço conhecidas como "Vácuo" logo acima dos mantos noturnos de sua irmã Nix, a personificação da noite.
Sendo um dos filhos de Caos, Érebo juntamente de sua irmã gêmea, Nix, nasceram de cisões assim como se reproduzem os seres unicelulares; a partir de "pedaços" de Caos, Érebo e Nix passam a ser os mais velhos imortais do universo, logo após Caos,com Nix, gerou mais dois deuses primordiais: o Éter (conhecido como a Luz celestial) e Hemera (o Dia).
Foi conhecido por ser um dos maiores inimigos de Zeus. Conta-se que os Titãs pediram socorro a Erebus e pessoalmente o primórdio desceu até o Tártaro para libertar os filhos de Gaia, porém foi surpreendido por Zeus e Hades que tiveram a ajuda de Nix para lançar Erebus nas profundezas do rio Aqueronte, a fronteira dos dois mundos.
Na medida em que o pensamento mítico dos gregos se desenvolveu, Érebo deu seu nome a uma região do Hades, por onde os mortos tinham de passar imediatamente depois da morte para entrar no Hades. Após Caronte tê-los feito atravessar o rio Aqueronte, entravam no Tártaro, o submundo propriamente dito.
O Érebo, filho do Caos, irmão e esposo da Noite, pai do Éter e do Dia, foi metamorfoseado em rio e precipitado nos Infernos, por ter socorrido os Titãs. Faz parte do Inferno e é mesmo considerado como o próprio Inferno. Pela palavra Éter, os gregos compreendiam os Céus, separados dos corpos luminosos. O vocábulo dia, sendo feminino em grego (Hèméra); dizia-se que o Éter e o Dia foram o pai e a mãe do Céu. Essas estranhas uniões significam somente que a Noite existia antes da criação, que a Terra estava perdida na obscuridade que a cobria, mas que a Luz, penetrando através do Éter, havia aclarado o universo.

Em linguagem de menor valor mitológico, poderia se simplificar, e dizer que a Noite e o Caos precederam à criação dos céus e da luz

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