"Entenderemos o mundo quando entendermos a nós mesmos porque ambas as coisas constituem as metades inseparáveis de um todo. Somos filhos de Deus, sementes Divinas. Algum dia seremos como o nosso pai." (Novalis)
A filosofia platônica baseia-se no
fato de que existe um belo em si e por si, um Bom, um Grande. A partir disso,
defende a existência de uma alma imortal, e formula a noção de idéia como essência existente em
si – independente das coisas e do intelecto humano. O que é belo, é belo porque
existe um Belo pleno que, explica todos os casos e graus de beleza.
A busca de uma condição
incondicionada para o conhecimento, o encontro com o absoluto fundamento da
verdade, é para Platão não o ponto de partida, mas a meta a ser alcançada.
Todavia só se chega aí depois de atravessar todo o campo do possível; o
absoluto, o não hipotético, habita além das últimas hipóteses.
Platão caracteriza as causas
inteligíveis dos objetos físicos chamando-as de idéias ou formas,
estas seriam incorpóreas e invisíveis. Seriam reais, eternas e sempre idênticas
a si mesmas, escapando à corrosão do tempo, que torna perecíveis os objetos
físicos. Merecem, por isso mesmo, a qualidade de “divinas”.
Perfeitas e imutáveis, as idéias
constituem os modelos e paradigmas dos quais as coisas materiais seriam apenas
cópias imperfeitas e transitórias; seriam tipos ideais a transcender o plano
mutável dos objetos físicos.
Platão expõe a doutrina de que o
intelecto pode aprender as idéias porque também ele é, como elas, incorpóreas.
A alma humana, antes do nascimento – antes de prender-se ao corpo – teria
contemplado o cortejo dos deuses. Encarnada, perde a possibilidade de contato
direto com os arquétipos incorpóreos, mas diante de suas cópias (objetos
sensíveis) pode ir gradativamente recuperando o conhecimento das idéias. Conhecer
seria então lembrar, reconhecer. A hipótese da reminiscência vem, assim,
sustentar a hipótese da existência do mundo das formas.
A doutrina platônica da imitação (mímesis)
adquire caráter metafísico, decorrência do “distanciamento” entre o plano
sensível e o inteligível. Os objetos físicos – múltiplos, concretos e
perecíveis – aparecem como cópias imperfeitas dos arquétipos ideais,
incorpóreos e perenes; o mundo sensível seria uma imitação do mundo
inteligível, pois todo o Universo, seria resultado da ação de um divino
artesão, que teria dado forma, pelo menos até certo ponto, a uma matéria-prima
tomando por modelo as idéias eternas. A arte divina teria produzido as obras da
Natureza e também as imagens dessas obras (como o reflexo do fogo numa parede).
O processo do conhecimento
representa a progressiva passagem das sombras e imagens turvas ao luminoso
universo das idéias. No cume do mundo das idéias, a superessência do Bem daria
sustentação a todo o edifício das formas puras e incorpóreas.
Alcançar a sabedoria do Criador é correr o véu e converter a escutidão da ignorância na Luz da sabedoria. Obter essa sabedoria suprema é se fundir conscientemente com Deus e amá-lo: VIVER PARA AMAR!
Mas como pode o homem transcender seus condicionamentos atuais e se transformar em Deus?!? Esta é a pergunta que se tem que enfrentar.
É necessário mudar a FORMA DE VIDA - deve-se começar por olhar a si mesmo, minuciosamente.
Se é honesto, perceberá que a raiz de todos os seus problemas é seu verdadeiro EU. Por não saber distinguir o EU do EGO, o homem tem enturvado o espirito e dissipado a energia motivo pelo qual, caminha tropeçando pela vida, lutando contra os efeitos sem que o espírito perceba as causas...
SE O QUE TEMOS, EM LUGAR DE NOS PROPORCIONAR LIBERDADE NOS ESCRAVIZA, PARA QUE NOS SERVE?????
Aquele que quer se libertar deve perguntar: Por que vivo?
Descer até nosso interior é ascender - uma assunção, um olhar autêntico da realidade exterior.
A renúncia do EU é a FONTE DA HUMILDADE e a base de toda ascenção verdadeira.
O primeiro passo consiste em "olhar para dentro", comtemplar única e exclusivamente o VERDADEIRO EU. O segundo baseia-se em olhar de forma perseverante, ativa e independente o mundo exterior.
"Entenderemos o mundo quando entendermos a nós mesmos porque ambas as coisas constituem as metades inseparáveis de um todo. Somos filhos de Deus, sementes Divinas. Algum dia seremos como o nosso pai." (Novalis)