ALQUIMIA
O desesperançado estudioso
pode descobrir nas pinturas alquímicas, um
caminho repleto de maravilhas, para penetrar no coração da matéria. Isto
porque, os alquimistas, através de suas imagens, expressaram de uma forma muito
bela, coisas das quais, nunca chegaram a escrever...
A alquimia não pode ser
traduzida a um único sistema de pensamento, nem a uma única interpretação
simbólica.
A GRANDE OBRA: A primeira tarefa do
discípulo consiste na busca e descoberta da MATÉRIA-PRIMA.
"O seu nome tradicional: pedra dos filósofos nos dá uma IDÉIA bastante
clara dessa substância, servindo-nos para começar a identificá-la. É realmente
uma PEDRA, porque, ao ser extraída das minas, apresenta as mesmas
características exteriores que o resto dos minerais...” (Fulcanelli, Les
Demeures Philosophales)
Esta PEDRA DOS FILÓSOFOS, ou
<<sujeito>> desta arte,
não deve ser confundida com a Pedra Filosofal que, após ser transformada e
aperfeiçoada pela ARTE, alcança a sua perfeição final e, por
conseguinte, A PROPRIEDADE DA TRANSMUTAÇÃO.
Na Literatura Alquímica,
diz-se que essa
MATÉRIA tem um corpo imperfeito, uma alma inconstante e uma cor penetrante, e
que contém um mercúrio transparente, volátil e móvil. Esconde no seu coração o
ouro dos filósofos e o mercúrio dos sábios.
Recebeu um milhão de nomes,
mas nunca foi revelada sua verdadeira natureza e, a maior dificuldade
encontrada na hora de interpretar os textos alquímicos, consiste em identificar
esta matéria.
A OBRA é preparada e levada a
cabo, utilizando-se esta ÚNICA SUBSTANCIA
que, após ser identificada, deve ser obtida. Para isso, é
necessário viajar até o LUGAR DA MINA e OBTER O SUJEITO NO SEU ESTADO BRUTO.
Deve ser efetuada, sob os
signos de Áries, Touro ou Gêmeos (a época mais propícia para começar é a de
ÁRIES, cujo símbolo celeste simboliza, na linguagem esotérica ou críptica, ao nome da MATÉRIA-PRIMA).
O SIGNO DE ÁRIES associa-se com o nome da MATÉRIA-PRIMA ou SUJEITO DA OBRA.
O lobo-cinzento (ANTIMÔNIO) devorando Mercúrio indica que o sujeito deve se purificar, da mesma forma que o antimônio purifica o ouro.
Em sânscrito, a explicação das palavras se dá freqüentemente através de palavras sinônimas ou mesmo através de um jogo de palavras. O primeiro signo do zodíaco sânscrito era chamado de Mecha, cujo sinônimo é aja, que significa “que não tem nascimento”.
O que explicaria as atribuições de Parabrama (Brama – o Eterno) ao signo Mecha (nosso Áries).
Eis, portanto, a fonte de onde provieram todas as manifestações do espírito, assim como da matéria.
Reportando-se ao fim do zodíaco e à noção do eterno recomeço pode-se conceber que, saindo-se do absoluto simbolizado pelo oceano de Peixes, o raio de luz destinado a criar o relativo, se manifestará em Áries em correspondência com o fogo-éter dos gregos e será a força motora do mundo.
Por outro lado, sabe-se que na concepção antiga a divisão do cosmos era feita em esferas, e que o fluxo da vida nascia “sob o reino” do carneiro, sendo representado pela constelação de Eridano, símbolo planetário de um curso de água, o Eridano.
Vale dizer que nas astrologias sucessivas as divindades planetárias escolhidas para governar Áries tinham sempre algo em comum com a divindade oriental Kama, ou seja, o desejo (daquilo que está por vir) expresso num plano astral.
FASES DO PROCESSO:
Como preliminar à OBRA, o sujeito deve ser purificado, liberado dos DETRITOS. Ditas técnicas requerem muita PACIENCIA, INGÊNIO e ESFORÇO. O GRANDE OBJETIVO DA VIDA seria desvendar e identificar esta MATÉRIA.
Em sânscrito, a explicação das palavras se dá freqüentemente através de palavras sinônimas ou mesmo através de um jogo de palavras. O primeiro signo do zodíaco sânscrito era chamado de Mecha, cujo sinônimo é aja, que significa “que não tem nascimento”.
O que explicaria as atribuições de Parabrama (Brama – o Eterno) ao signo Mecha (nosso Áries).
Eis, portanto, a fonte de onde provieram todas as manifestações do espírito, assim como da matéria.
Reportando-se ao fim do zodíaco e à noção do eterno recomeço pode-se conceber que, saindo-se do absoluto simbolizado pelo oceano de Peixes, o raio de luz destinado a criar o relativo, se manifestará em Áries em correspondência com o fogo-éter dos gregos e será a força motora do mundo.
Por outro lado, sabe-se que na concepção antiga a divisão do cosmos era feita em esferas, e que o fluxo da vida nascia “sob o reino” do carneiro, sendo representado pela constelação de Eridano, símbolo planetário de um curso de água, o Eridano.
Vale dizer que nas astrologias sucessivas as divindades planetárias escolhidas para governar Áries tinham sempre algo em comum com a divindade oriental Kama, ou seja, o desejo (daquilo que está por vir) expresso num plano astral.
FASES DO PROCESSO:
Como preliminar à OBRA, o sujeito deve ser purificado, liberado dos DETRITOS. Ditas técnicas requerem muita PACIENCIA, INGÊNIO e ESFORÇO. O GRANDE OBJETIVO DA VIDA seria desvendar e identificar esta MATÉRIA.
“A ÁGUA SECA QUE NÃO MOLHA AS MÃOS E COMO
O FOGO QUE ARDE SEM CHAMAS.”
–acredita-se que essa
substância seja o SAL, preparado a partir do cremor tártaro, mediante um
processo que requer grande perícia e um perfeito conhecimento de química.
-o processo incluí a
utilização do ORVALHO PRIMAVERIL, que se recolhe de uma forma ingeniosa e
poética e que a continuação é destilado.
- Após preparados a
MATÉRIA-PRIMA e o PRIMEIRO-AGENTE DA OBRA, os preliminares se dão por
finalizados...
MISTURANDO A MATÉRIA
–a MATÉRIA-PRIMA é
introdizida num recipiente (morteiro) de ÁGATA (ou alguma outra substãncia de
grande dureza)
- ela é então: AMASSADA COM
O MAÇO, MISTURADA COM O FOGO SECRETO e
HUMEDECIDA COM O ORVALHO.
-A <<mistura>> resultante é introduzida a continuação num
recipiente hermeticamente fechado ou OVO FILOSOFAL, que se coloca no interior
do FOGO DE ATENOR, o forno dos filósofos.