O DESENHO E A EVOLUÇÃO COGNITIVA DA CRIANÇA
DESENHO NA EDUCAÇÃO
INFANTIL tem um papel
HUMANIZADOR, assim como o faz de
conta dos papeis sociais, é a linguagem de expressão das crianças pequenas.
DESENHOS
ESTERIOTIPADOS – os estereótipos
estão presentes em todas as fases da nossa vida. Ser ensinado a encarar as
imagens esteriotipadamente repercutem na vida afinal, somos cercados por elas.
Provoca alienação e falta de estimulo para utilizar a criatividade.
-
Quando o assunto é desenho na educação infantil, geralmente não é levado em
conta que o importante é uma educação visual, ensinar a ver é mais importante
que ensinar a desenhar!
MOTIVOS: somos frutos de um contexto histórico e nos
constituímos em nossas relações sociais.
A grande maioria das pessoas acha que não sabe
desenhar e que há conceitos e regras para tanto sendo que a escola é uma das
grandes responsáveis por isso devido a forma como o desenho foi por ela
proposto: pintar desenhos prontos, copiar, desenhos geométricos.
COMO É:
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Desenhos na escola – imagens prontas para colorir ou cópias
- pais e professores perpetuam que desenhar
bem é relativo a desenhos bonitinhos e fofos
-
preocupação em ensinar técnicas de desenho
COMO DEVERIA SER:
Na
escola da infância o que importa não é formar artistas, mas o desenvolvimento
cultural da criança e o desenvolvimento de suas funções psíquicas superiores
como a imaginação, o pensamento, a consciência estética e a atividade criadora,
esta última, depende da riqueza da diversidade das experiências. Como observou
Vygotsky (2009):
“Toda
obra da imaginação constrói-se sempre a partir de elementos da realidade e
presentes na experiência anterior da pessoa. ”
-
ensinar a criança a ver e perceber as coisas ao seu redor, perceber as cores e
suas nuances, relevos e texturas.
- estimular a pesquisa e a visão
-
releituras como expressão própria
-
criar e recriar conceitos acerca de um único tema
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reeducação na maneira de ver e da forma de receber visualmente a diversidade de
imagens prontas que nos cercam
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trabalhar com imagens em sala de aula que cause reações e sensações
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questionar as crianças sobre as sensações que causam essa imagem e estimular
associações e sentidos
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apresentar matérias e técnicas diversificadas
-
proporcionar troca de experiências
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ensinar a desenhar livremente
-
desenho como forma de expressão própria – LINGUAGEM DA CRIANÇA
-
possibilitar o acesso a experimentação, a pesquisa e a linguagem visual
-
explorar suportes e materiais diferentes
O
DESENHO E O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA
DESENHO – FORMA DE LINGUAGEM - através da qual nos expressamos
–
é uma forma de representação que se torna presente por meio de imagem algo que
está ausente, modificando-o de acordo com as maneiras de pensar que ocorrem ao
longo do desenvolvimento da criança.
FERRAMENTA
DE APRENDIZAGEM – enquanto desenha a criança imagina, conta histórias,
relembra, expressa experiências e se objetiva.
ENTRE O E 5 ANOS – criança desenvolve
a CAPACIDADE SIMBÓLICA de expressar ideias, sentimentos e sua teoria sobre o
mundo, se for instruída por alguém experiente em relação ao desenho nesta época
conseguirá evoluir nessa linguagem.
“Por
intermédio da apropriação da linguagem do desenho, acriança pode expressar seus
conhecimentos e experiências de modo singular como SUJEITO AUTOR e terá, a
partir das capacidades desenvolvidas por meio do desenho, as bases para outras
áreas do conhecimento como a linguagem escrita.
DESENVOLVIMENTO
DO DESENHO INFANTIL – relação com o MOVIMENTO
ENTRE 1 E 3 ANOS
ATIVIDADE
GUIA – OBJETAL MANIPULATORIA –
corresponde no desenho ao movimento da ação – prazer em rabiscar e ausência da
intenção de representar graficamente um objeto.
-
não há controle sobre o instrumento nem compromisso com a figuração.
- A criança ao desenhar interage com os
instrumentos e materiais, ligando a ação ao movimento, como se os instrumentos
fossem o prolongamento de suas mãos.
-
produz marcas desordenadas sobre o papel – GARATUJAS
-
desenho ultrapassa as bordas do papel
A
partir do desenvolvimento do controle dos movimentos das mãos a criança passa a
notar as bordas do papel e os rabiscos vão sendo substituídos por traços
interrompidos pois a criança tira o lápis do papel e recomeça em outra folha.
Na
fase seguinte as crianças começam a fazer garatujas ordenadas – traços longitudinais
e circulares – demostrando um maior controle do movimento e evolução do
pensamento.
-
criança começa a perceber a forma, através da maneira como compõe no papel
delimitando áreas – momento de apresentar elementos das Artes Visuais como
formas e cores para o desenvolvimento da percepção.
-
apresentar a criança diferentes suportes e materiais
PERÍODO PRÉ-ESCOLAR
ATIVIDADE
GUIA – JOGO DE PAPÉIS cujo foco são as relações sociais.
A
criança desenha o que sabe e o que é mais significativo nas pessoas e objetos e
não o que vê – se é proposto desenhar alguém que está a sua frente, ela desenha
sem sequer olhar para a pessoa.
Não
faz sentido oferecer desenhos a serem reproduzidos neste período pois, além de
desvalorizar suas criações, inibe suas criações, limite a imaginação e não
permite que o desenho avance
-
criança começa a representar aquilo que percebe
-
surge a INTENÇÃO de representar algo por meio do desenho
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ainda não há preocupação com a organização das cenas
-
desenhos surgem soltos no espaço e as cores não são vinculadas à realidade
-
cenas são explicadas verbalmente
Nesta
fase o desenho é mais simbólico que realista, sendo uma fase anterior à escrita
A
criança nesta fase gosta de repetir os mesmos desenhos e isto relaciona-se a
apropriação, quanto mais souber sobre o assunto, mais detalhado será seu
desenho.