UNIVERSO
De acordo com a teoria da relatividade, o espaço pode expandir-se tão rápido quanto a velocidade da luz, embora possamos ver somente uma pequena fração do universo devido à limitação imposta Por essa velocidade. É incerto se a dimensão do espaço é finita ou infinita. De acordo com o modelo atualmente aceito do Universo, ELE surgiu de um único ponto ou singularidade onde toda a matéria e energia do universo observável encontrava-se concentrada numa fase densa e extremamente quente.
"Não podemos nos banhar duas vezes no mesmo rio, porque suas águas não
são as mesmas e nós também não somos os mesmos". Esse fluxo ou
transformação perpétua de todas as coisas, porém, não se faz ao acaso ou caoticamente. Segue uma lei natural.
"Trata-se uma unidade que é
multiplicidade e de uma multiplicidade que é unidade. Tudo é Um. O mundo é a
tensão dos contrários múltiplos e essa multiplicidade tensa constitui a unidade
do uno".
2. A VIDA
A vida é um fenômeno material sumamente complexo. Ela se
distingue não por seus componentes químicos, mas pelo comportamento destes; conserta, sustenta, recria e supera a si
mesma.
Nossas tentativas frenéticas de sobreviver e prosperar
são um modo especial existente a quatro bilhões de anos de o Universo se
organizar.
Como foi que a matéria num banho de energia, realizou
pela primeira vez o feito da vida ninguém sabe, nenhuma molécula isolada é
capaz de se reproduzir.
3. A MATÉRIA E A VIDA
No Universo, a vida
pode ser rara ou até singular, porém a matéria
de que é feita é elementar! Com o transcorrer do tempo, uma quantidade cada
vez maior de matéria inerte ganhou vida; minerais marinhos estão hoje
incorporados em criaturas vivas, para proteção e apoio, sob a forma de conchas
e ossos.
A vida começou a reutilizar materiais muito
antes do aparecimento de seres humanos tecnológicos. As bactérias, por
exemplo, juntaram-se e formaram protoctistas; estes por sua vez, puderam
minerar e usar o cálcio, a sílica e o ferro existente nos mares do globo. Os
protoctistas evoluíram para animais providos de conchas e ossos.
Individualmente, ou em conjunto, os animais transformaram
materiais inerentes em túneis, ninhos e colméias.
A propensão a “construir”
o mundo que nos cerca é antiga todavia, ainda hoje, influência o comportamento
dos seres humanos, que transformam o
meio ambiente global usando óculos no interior de automóveis, ligados a
celulares e terminais bancários por ondas de rádio, providos de eletricidade,
canalização de água, esgoto e outros serviços públicos, estamos deixando de ser
indivíduos e nos transformando em partes especializadas de um ser
mais-que-humano global. Esse ser meta-humano está inextricavelmente ligado à
biosfera da qual surgiu e que é muito mais antiga. Os metais e os plásticos
representam os mais novos campos da matéria que vão “ganhando vida”.
Todos os seres vivos,
não apenas animais, mas também as plantas e os microorganismos são dotados de
percepção. Para sobreviver, o ser orgânico tem que perceber: tem que procurar
ou, pelo menos, reconhecer.
O ser vivo não precisa
ser consciente para perceber. A maioria de nossas atividades cotidianas como
respirar, digerir ou até dirigir um automóvel, é executada de maneira
predominantemente ou totalmente inconsciente. Sendo assim, presume-se que as
ações sensíveis das plantas e bactérias façam parte desse mesmo continuum de percepção e ação.
A mente talvez seja o resultado de interação celular.
Aquilo
que somos capazes de reconhecer e ver foi moldado por nossa evolução como
criaturas sobreviventes.
A crença na importância da vida,
portanto, pode não ser um reflexo da
realidade, mas uma fantasia evolutiva que
leva, os que nela crêem a fazerem o que for necessário e a suportar qualquer
fardo, para sobreviver.
Herdamos uma
perspectiva comum, legada por nossos ancestrais. Por fim, como observaram
Charles Pierce (1839-1914) e William James (1842-1910):
“Talvez, não haja melhor medida da “verdade” do que aquilo que funciona
aquilo que ajuda a sobreviver.”
A mente e o corpo, o perceber e o viver, são processos de
auto-reflexão já presentes nas bactérias mais primitivas.